O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), conseguiu mais uma vez, sem maiores esforços, emplacar projetos e vetos a projetos de lei na sessão plenária desta terça-feira (14) na Casa Plínio Amorim. Ao todo os vereadores analisaram 13 matérias – todas apreciadas conforme esperava o chefe do Executivo.

Foi aprovado até mesmo um veto parcial do prefeito a um projeto de autoria do Executivo, referente à instituição do programa de incentivos fiscais a empreendimentos prestadores de serviços de ensino superior.

Um dos barulhos na sessão de hoje foi provocado pela derrubada de um requerimento da vereadora Cristina Costa (PT), a qual solicitava de Miguel interceder junto à Secretaria de Educação para enviar cópias das folhas de pagamento de todos os funcionários da Pasta – incluindo servidores do quadro e contratados, referente aos meses de julho, agosto, setembro e outubro deste ano. Cristina não gostou de ver mais uma vez a bancada “submetendo-se à imposição” do prefeito e novamente criticou a gestão.

Outro requerimento que não passou foi o do governista Ronaldo Cancão (PTB), que pediu ao Executivo informações acerca da Empresa Vale Digital, a mesma onde o hoje vereador Gabriel Menezes (PSL) atuou como cargo comissionado na gestão passada. Cancão pedia, entre outras coisas, detalhes da movimentação financeira da Vale Digital entre os anos 2012 e 2014. Mas ele próprio seguiu os demais colegas e votou pela derrubada do requerimento.

Escola técnica estadual

Dos projetos do Executivo, o destaque foi para o que solicitava da Casa autorização para doar imóvel público com vistas à instalação de uma escola técnica estadual no Bairro Pedra Linda. Outro é o que dispõe sobre o horário de funcionamento das farmácias sem manipulação de fórmulas, estabelecendo plantão obrigatório nesses estabelecimentos.

Mas ficou pelo caminho o projeto de lei de autoria do líder da bancada oposicionista, Paulo Valgueiro (PMDB), propondo atendimento diferenciado para portadores de diabetes Tipo 1 e Tipo 2 na rede pública municipal e estadual de saúde, bem como na rede privada. O prefeito vetou a matéria e os governistas decidiram aprovar o veto, tirando o líder do sério. “Eles votaram contra os diabéticos no Dia Mundial da Diabetes”, cutucou.

Mas teve aliado do prefeito que contrariou os demais pares. Trata-se do vereador Rodrigo Araújo (PSC). Autor do projeto que pretendia a criação de um selo para empresas protetoras do meio ambiente (também vetado por Miguel), Rodrigo – mesmo vendo seu projeto ser derrubado – votou contra o veto.