FBC quer Brasil e EUA mais próximos nas áreas de ciência, tecnologia e meio ambiente

por Carlos Britto // 27 de março de 2015 às 16:02

FBCEm reunião da Comissão de Relações Exteriores (CRE) que aprovou a indicação dos embaixadores Luiz Alberto Figueiredo Machado e Francisco Carlos Soares Luz para as embaixadas do Brasil nos Estados Unidos e na Jordânia, respectivamente, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB/PE) defendeu, nesta quinta-feira (26), a ampliação de parcerias econômicas e cooperações bilaterais com estes dois países, especialmente nas áreas do Conhecimento e de Meio Ambiente. Em referência à criação de um Observatório de Inovação no âmbito da Embaixada do Brasil nos EUA – uma das metas de Luiz Alberto Figueiredo Machado no cargo – o senador destacou o setor de Bioeconomia como um dos caminhos para o Brasil estreitar os “laços de pesquisa e inovação” com os EUA.

A presença de Luiz Alberto Figueiredo na embaixada brasileira é uma oportunidade de construirmos um novo patamar para a relação Brasil-EUA“, enfatizou Fernando Bezerra. “Inclusive, para que possamos dar sequência à ambição do Brasil de se fazer mais presente no cenário internacional“, completou o senador, ao destacar que a Bioeconomia é um dos setores mais promissores da economia mundial. Também conhecida como “economia sustentável”, a Bioeconomia reúne todos os setores produtivos que utilizam recursos biológicos (seres vivos). Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Bioeconomia movimenta cerca de 2 trilhões de euros e gera mais de 20 milhões de empregos em todo o mundo.

Além da criação do Observatório de Inovação, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado informou que, entre suas prioridades como embaixador do Brasil nos Estados Unidos, estão a ampliação das exportações brasileiras àquele país e de novos investimentos norte-americanos no Brasil. O embaixador citou que, atualmente, para cada 1 dólar investido pelo Brasil nos EUA, os Estados Unidos investem 3 dólares no Brasil. Segundo Figueiredo Machado, os dados demonstram que as relações econômicas entre os dois países está “fortalecida e em crescimento“.

Outra meta do novo embaixador é expandir cooperações entre o Brasil e os EUA na área do conhecimento e da inovação. Conforme lembrou, o programa Brasil sem Fronteiras financia 27 mil bolsas para estudantes brasileiros em universidades americanas. Ao embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, o senador Fernando Bezerra Coelho também sugeriu o estabelecimento de acordo bilateral entre o Brasil e os EUA para o intercâmbio de tecnologias na área militar, lembrando já que a sabatina dos embaixadores ocorreu na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Mudanças climáticas

Fernando Bezerra Coelho, que é presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC), reforçou a importância de o Brasil construir alianças com os EUA e a China, principalmente, para o enfrentamento das mudanças climáticas e do aquecimento global. Ao lembrar que Luiz Alberto Figueiredo Machado representou o Brasil na elaboração do Protocolo de Quioto, o senador solicitou a colaboração do embaixador para que  o governo e o Congresso brasileiros se apresentem de forma mais positiva e “ofensiva” na 21ª Conferência sobre o Clima (COP 21), encontro internacional que será realizado, este ano, em Paris/França.

Projetos com a Jordânia

Ao novo representante do Brasil no Reino Unido Hachemita da Jordânia, o senador Fernando Bezerra Coelho enfatizou que “a presença de Francisco Carlos Soares Luz na embaixada brasileira na Jordânia representa uma oportunidade para o Brasil discutir a implementação e instalação do Estado Palestino“. O senador destacou, ainda, a oportunidade de participação concreta do Brasil no Projeto de Transposição do Mar Vermelho para o Mar Morto, destacado por Francisco Carlos Soares Luz como uma de suas prioridades à frente do cargo. O embaixador confirmou que, caso o projeto seja levado adiante, a Jordânia poderá, sim, contar com uma maior participação do Brasil, considerando a expertise brasileira em obras hídricas e projetos de transposição, como a do Rio São Francisco. (foto: Assessoria/divulgação)

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