“Essa proposta é escravagista e desumana”, diz vereador Osinaldo Souza sobre PEC da previdência durante audiência pública

por Carlos Britto // 10 de março de 2017 às 18:30

A audiência pública que debateu a proposta de emenda à constituição – PEC – sobre a reforma da previdência social reuniu nesta sexta-feira, 10, na Câmara de Vereadores de Petrolina, políticos, movimentos sociais, sindicatos e trabalhadores de vários segmentos. O autor do debate, vereador Osinaldo Souza (PTB), bateu forte na PEC que considera ser difícil passar da forma que está. Da audiência foi formulado um documento que será encaminhado aos deputados da comissão que avalia a PEC da previdência na Assembleia Legislativa e ao relator da proposta que tramita no Congresso Nacional.

“A partir dai o povo é que vai dizer se aceita ou não o projeto de reforma da previdência. O que me interessava era ouvir o povo, ouvi os deputados Odacy Amorim e Rodrigo Novaes que é relator da comissão que estuda a reforma na Alepe. O governo tem que fazer auditoria e não tirar na carne do povo do brasileiro, porque não tem certeza que existe um déficit na previdência. O governo tem que provar de que ele realmente precisa de recursos para manter a previdência social, caso não faça, jamais o cidadão brasileiro aceitará esse massacre, essa humilhação, esse escravagismo que é essa reforma escravagista que o presidente Michel Temer esta propondo”, assinalou Osinaldo.

O autor do debate frisa ser contrário a qualquer mudança até que se prove em contrário de que os recursos da previdência não são alto sustentáveis por pelo menos 20 ou 30 anos. O mesmo discurso foi dito pelo deputado Rodrigo Novaes (PSD). O parlamentar atesta que é preciso que se debate a divida publica, o dinheiro que entra para a previdência social, onde estão sendo utilizados esses recursos, para não discutir uma reforma a cada dez anos.

“Essa conta não deve cair no colo do povo brasileiro. Não se tem conhecimento de fato em que estado está a previdência, a seguridade, a assistência social. São medidas extremamente nocivas e injustas ao trabalhador brasileiro. Essa vontade do governo em querer abocanhar contra o povo continua. É preciso cobrar os mais de R$ 400 bilhões de grandes empresas que devem ao governo”, argumentou Novaes.

O deputado Odacy Amorim (PT), que também representou a Alepe na audiência pública, considerou que os recursos destinados ao povo devem vir de baixo para cima, o que vem ocorrendo de forma contrária nesse debate da PEC da reforma previdenciária e na atual conjuntura política. Para ele, essa é uma proposta que atinge em cheio a maioria da população do campo. Odacy acredita ser impossível passar.

Uma maneira injusta de tratar quem trabalha desde muito cedo como a população da zona rural, de forma igual aos trabalhadores da cidade. E os prazos para se ter direito também são injustos para quem ainda vai iniciar sua vida profissional. Temos que ficar atentos para observar como nossos representantes votarão essas mudanças. Que fiquem do lado de quem mais precisa”, disse o deputado.

“Essa proposta é escravagista e desumana”, diz vereador Osinaldo Souza sobre PEC da previdência durante audiência pública

  1. Daniel Silva disse:

    Parabéns ao vereador pela a iniciativa esse realmente é um assunto importante para população porque a mídia só fala em carnaval.
    E parabéns a população que lotou a câmara de vereadores.

  2. marcos pereira disse:

    Quero parabenizar o blog Carlos Britto e os politicos que tiveram a iniciativa de realizar essa audiencia publica para debater e esclarecer ao povo a gravidade de se fazer uma reforma previdenciaria que vai mexer com toda a sociedade.

  3. Cego às avessas disse:

    Realmente essa PEC é escravagista e desumana. Aliás, não só a PEC mas todo o sistema previdenciário público, pois condena as pessoas à dependência de um sistema custoso, ineficiente e que não garante rendimento algum. Temos que admitir que esse sistema baseado na matemática demográfica está fadado a falência, e criar um arranjo melhor do que esse antes que mais pessoas sofram com as péssimas ações de políticos e burocratas.

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