Em Sobradinho, ministro de Minas e Energia reforça necessidade de investimentos em energia limpa e barata

por Carlos Britto // 28 de novembro de 2018 às 17:24

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, esteve na manhã de hoje (28), em Sobradinho (BA), norte do Estado, para uma visita técnica ao projeto de implantação da Plataforma Solar Flutuante, a cargo da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que promete gerar energia limpa e barata em 2019.

O projeto surgiu da necessidade de ampliar a produção de energia, diversificando e descentralizando as fontes e buscando alternativas com produção solar, eólica e hídrica. O maior reservatório de água do Nordeste, Lago de Sobradinho, foi escolhido pela grande oferta de sol e vento.

Para ampliar a produção de energia, nós temos que inevitavelmente buscar todos aqueles que trabalham no setor que venham ajudar esse esforço para aumentar a produção. O Brasil é um país muito grande, tem regiões que determinadas fontes (de energia) são muito mais atraentes, muito mais baratas e que são capazes de gerar energia com muito mais desenvoltura do que outras. O Nordeste tem o sol e o vento que ajudam, e em outras áreas não tem a mesma coisa”, explicou o ministro.

A busca de oferta em outras regiões também esteve em pauta durante a visita, pela qual o ministro reforçou a necessidade de descentralizar a produção ampliando para diversas regiões do país. “A própria ideia de modelo centralizado tem que ser pensada para que abra espaço à imposição que a natureza já nos dá, pela extensão do país, ter um modelo descentralizado. É compreensível que em um país pequeno como a França, seja centralizado. Nos Estados Unidos, que é um país grande na dimensão do Brasil, o modelo não é centralizado exatamente para que a produção possa se dar em um ambiente em que o custo final do produto oferecido às pessoas seja mais barato”, pontuou.

Questionado sobre o impacto para o Vale do São Francisco, Moreira Franco apontou a produção como uma forma de produzir riqueza e gerar empregos. “Eu creio que é um impacto positivo. Nós precisamos é criar condições para que essa região, com as suas características ambientais, possa ser uma região próspera, criando aqui uma base econômica que abra alternativas e oportunidades iguais as das regiões ricas do pais. Para isso precisamos usar todo esse potencial, de sol e vento, para produzir energia, que é uma fonte de emprego e riqueza”.

Chesf

Com investimento de R$ 420 milhões, até 2023, a usina solar está prevista para entrar em fase de testes em dezembro deste ano e conta com 7.300 módulos de placas solares, quando concluído poderá gerar 5MWp. A barragem de Sobradinho tem potência para gerar 1.050 MWp. O presidente da Chesf na região Nordeste, Fábio Lopes Alves, acompanhou a comitiva do ministro e reforçou a viabilidade do projeto. “Foi mostrada a viabilidade econômica do projeto e ele deverá entrar nos próximos leilões de vendas de energia. A partir daí ele passa a ser autossustentável”, afirmou o presidente.

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