Em Petrolina, Lucas Ramos vê “falta de compromisso” do governo federal no debate sobre privatização da Chesf

por Carlos Britto // 15 de setembro de 2017 às 07:55

Um dos convidados da audiência pública realizada ontem (14) em Petrolina pela Câmara de Vereadores, que abordou a revitalização do Rio São Francisco e sobretudo a privatização da Chesf e Eletrobras, o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) avaliou positivamente o evento. Mas disse que esperava contar com representantes do Ministério de Minas e Energia ou do governo federal, para que pudessem explicar melhor o processo de privatização da estatal.

Contrário à decisão do ministro Fernando Filho, Lucas – que também é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) – justificou que o governo federal precisa explicar ao povo nordestino o porquê de se desfazer de um ativo construído há mais de 50 anos, querendo agora vendê-lo a preço de banana.

“Durante todos esses anos a Chesf recebeu mais de R$ 400 bilhões em investimentos, e agora está sendo colocada à venda por uma miséria de R$ 20 bilhões, que não vai suprir em nada o déficit causado pela má gestão, pela falta de compromisso e incompetência. Entendemos que vender não é o melhor caminho e acreditamos que o fortalecimento das estatais seja o melhor a fazer”, ponderou.

Lucas lamentou que, infelizmente, o governo está tomando uma “decisão de gabinete” em relação à Chesf e Eletrobras. Ele lembrou que em muitos países o setor de energia elétrica é considerado de segurança nacional. No caso do Brasil, a Chesf é a responsável pela regulação do uso múltiplo das águas do São Francisco, destinada não apenas a gerar energia, mas a atividades como o abastecimento humano, a agricultura familiar, a irrigação, a pesca artesanal e a geração de emprego e renda.

Críticas

O deputado disse entender a ausência de representantes da esfera federal no debate de ontem como “uma falta de compromisso” do Governo Temer com os brasileiros, especialmente com o povo nordestino. O socialista não se esquivou das críticas em relação ao ministro Fernando Filho e ao seu pai, senador Fernando Bezerra Coelho, que não participaram da audiência.

Lucas disse que não há nenhuma garantia de que o dinheiro obtido com a venda da Chesf será destinado à revitalização, nem que a tarifa de energia irá baixa, como prevê o ministro. Ele afirmou ainda que o governo também não deu detalhes de como ficarão os funcionários da estatal nessa história e reforçou que a privatização tem apenas um objetivo: “fazer caixa”. Ele cobrou de Fernando Filho, que é deputado federal desde 2007, e de FBC, considerado o ‘senador das águas’, quanto de emendas ao Orçamento da União já colocaram à revitalização do Velho Chico. “Essa seria uma ótima oportunidade para eles apresentarem, se é que houve alguma destinação com esse objetivo”, completou.

O deputado frisou, no entanto, que não dá para personificar “a morte” do rio no atual governo, porque esse é um processo de anos, fruto da ausência de poder público e falta de investimentos das estatais em ações de preservação. Sobre os vereadores da bancada governista, que também não compareceram à audiência, Lucas não entrou em muitos detalhes. Disse apenas para se programarem com antecedência para um grande encontro em defesa do rio e da Chesf, a ser promovido pela Alepe, no próximo dia 6 de outubro em Petrolina.

Em Petrolina, Lucas Ramos vê “falta de compromisso” do governo federal no debate sobre privatização da Chesf

  1. ANSELMO disse:

    isso mesmo lucas um ministro wue nao tem coragem e um debate sobre a privatizacao inclusive na sua terra ainda é porque nao tem compromisso com o povo

  2. sertanejo pe disse:

    “No caso do Brasil, a Chesf é a responsável pela regulação do uso múltiplo das águas do São Francisco, destinada não apenas a gerar energia, mas a atividades como o abastecimento humano, a agricultura familiar, a irrigação, a pesca artesanal e a geração de emprego e renda.” Acho que o nobre deputado está confundindo a CHESF com a CODEVASF

    1. Sertanejo de verdade disse:

      A regulação é controlada pela Chesf em sobradinho, ”sertanejo”, para uso múltiplo. A Codevasf gerencia os perímetros irrigados no vale do São Francisco. Só lembrando que se não fosse sobradinho, construída pela Chesf, hoje Petrolina seria apenas um curral.

  3. Sertanejo de verdade disse:

    A regulação é controlada pela Chesf em sobradinho, ”sertanejo”, para uso múltiplo. A Codevasf gerencia os perímetros irrigados no vale do São Francisco. Só lembrando que se não fosse sobradinho, construída pela Chesf, hoje Petrolina seria apenas um curral.

  4. adalberto disse:

    kkkk Lucas precisa estudar muito sobre o assunto, primeiro que ele anda com uma turma de Deputados Federais que só enxergam Petrolina na época de Eleição. pegam o votos e vão embora, só aparece 4 anos depois e a conta fica para os Coelhos.
    O próprio Deputado Lucas Ramos Estar terminando seu primeiro e último mandato sem apresentar nenhuma obra no sertão pernambucano.
    Seu prestigio junto ao Governador pode até ser questionado, isso porque, o Governador Paulo Boia. Digo Boia, por que Câmara depois de furada só presta pra boia, não atende pedido de Lucas Ramos pra nada.
    Cadê o pedido dos carros pipas que até hoje nem pagou os pipeiros e nem retornou o abastecimento do povo do interior.
    fica uma pergunta: Pra que presta esse Deputado?
    Se não faz nada e não tem prestigio pra ser atendido com nada.
    Se quer conhece o papel da Chesf.
    a população que julgue.

  5. Amaral disse:

    Só queria dizer que colocar a Chesf no ministério da integração , não tem cabimento nenhum , o deputado deveria fazer uma elaboração melhor do que quer

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