Em noite de homenagens pelos 50 anos da Voz do São Francisco, Lóssio entrega troféu e ganha certificado de sócio

por Carlos Britto // 27 de outubro de 2012 às 13:45

A noite de ontem (26) foi de troca de homenagens entre o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, e representantes da rádio A Voz do São Francisco/Emissora Rural, que neste domingo (28) completa 50 anos de existência.

Lóssio entregou o Troféu “Asa Branca” ao diretor administrativo da rádio, padre Francisco Augusto de Santana. A honraria, criada para marcar o centenário de nascimento do cantor Luiz Gonzaga, reconhece o serviço de personalidades e instituições para a cultura.

Em troca, o prefeito foi agraciado com um certificado e um broche, como um dos sócios honoríficos da rádio. A programação do jubileu da rádio prossegue hoje (27), com um show na Concha Acústica do cantor petrolinense Geraldo Azevedo, às 21h. A programação será encerrada no domingo, data de aniversário da Voz do São Francisco, com uma missa de ação de graças e encontro da juventude, na quadra do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. (Foto: Ascom PMP/divulgação)

Em noite de homenagens pelos 50 anos da Voz do São Francisco, Lóssio entrega troféu e ganha certificado de sócio

  1. Machado Freire disse:

    A Emissora Rrural, a Voz do São Francisco, de Petrolina, foi uma porta aberta à democracia e serviu como modelo de veículo de comunicação social -popular por excelência, muito util para a população de uma enorme região. Foi o principal instrumento de defesa contra a ditadura militar de 1964 no Vale do São Francisco.
    Não se pode falar na Emissora Rural sem lembrar o nome do timoneiro Pedro Mansueto de Lavor, um dos seus fundadores e principal comunicador a defender os direitos da população que vivia oprimida pelos representantes dos senhores feudais e lambedores de botas dos militares que, felizmente, despencaram depois de mais de vinte anos do golpe de abril de 64.
    A Emissora Rural era também uma rádio-laboratório por excelênia, que ensinou muita gente. Funcionou como um meio de comunicação impar, sem igual e era sintonizada nos chamados grotões qun do muitos lugares ainda não contavam com energia elétrica neste Nordeste afora.
    Mansueto era apaixonado pela Emissora Rural.Quando Mansueto de Lavor foi eleito deputado estadual, pediu para eu ir “dar um jeito’ no setor de jornalismo da Rural. Passei uma boa temporada por lá, tendo como companheiros diretos da redação, o paraibano Juarez Farias e o petrolinense Vinicius de Santana. Os dois apresentavam o noticiários das 7 horas da manhã que eu produzia durante a noite e madrugada. Rádio não é brincadeira; a gente tem que ser muito dedicado. Carlos Augusto produzia e apresentava o “Repórter Somassa”, ao meio dia.
    Foi a partir da Emissora Rural que conheci e convivi com muita gente boa: Paulo Brito (pai de Vinicius), Frei Paulo Cardoso, Monsenhor Gonçalo, José Maria (toca tudo), João do Bode, Carlos Augusto Amariz Gomes (pense num forrozeiro bom, criador da Jecana do Brasil); Isac Cordeiro (uma grande figura de lagoa Grande e sanfoneiro de mão cheia; Farnésio Silva -que ocupava um apartamento ao lado do meu nas dependências da Rural-, Washington Luiz ( o popular Chupetinha); o operador de áudio Bob, Antonio Avelar, que operava na área técnica da rádio; Franklin Delano (não tem nada a ver com e ex-presidente norte-americano, mas é irmão de Carlos Augusto e do saudoso Celestino Gomes, um artista de primeira. E o futebol emoção com Theones Batista.
    Padre Bianchi, que voltou para Caruaru, foi um grande revolucionário na Emissora Rural. Pegou a rádio lá embaixo e a deixou num tremendo pique de audiência.Grande figura, o padre Bianchi, queridíssimo neste Sertão velho de meu Deus.
    Ora, quando voltei para comandar a Sucursal do Jornal do Commercio, em Petrolina, nos idos de 1992, não me contive: voltei a cuspir no microfone da Emissora Rural onde passei a fazia um programa com Juarez Farias. Só paramos porque meu amigo velho morreu em um acidente de trânsito em 17 de julho de 1994. Muita alegria e tristeza em um dia só: eu cobria a Missa do Vaqueiro,para o Jornal do Commmrcio, em Serrita, e Juarez ficou em Petrolina, cobrindo a repercussão da Copa para o Diário de Pernambuco. Lá pras tantas da noite quando, eu já estava no hotel, em Salgueiro, o companheiro da Sucursal do JC, César Rocha, me ligou dando conta da morte de Juarez.
    Acordei o fotógrafo Maninho e partimos para o encontro de Mansueto,em sua fazenda, em Serrita. . Já era madrugada.
    Amigo e compadre de Juarez, Mansueto partiu imediatamente para organizar os funerais do nosso companheiro que foi sepultado em Patos (PB), sua terra natal. Só que com uma camisa minha, pois minha roupa lavada foi deixada na casa dele quando eu viajei para cobrir a missa do Vaqueiro. Terezinha Teixeira pegou minha camisa amarela (novinha em folha) e entregou para a viúva Terezinha, que estava passada e não percebeu o engano. Coisas do destino !.
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    Devo lembrar algumas mulheres que trabalhavam nos bastedores (contabilidade e finanças), como Maricleide, Lucinha, Francelina, Eva e tanta gente boa, de ação e coração.Muita saudade, meu Deus !
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    Mais adiante eu vou ter que falar muito mais.
    Vai sair nas minhas memórias, onde enfoco minha amizade com Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e o padre -vaqueiro João Câncio dos Santos, coisa que estou providenciando para 2013.
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    Um grande abraço aos que fizeram e os que continuam na teimosia (rádio do interior é assim), “segurando o taco” e elevando o nome da minha querida Emissora Rural de Petrolina e do mundo todo, com muito amor e carinho.

  2. g disse:

    É A POMBA GIRA?

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