O prefeito eleito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), reforçou mais uma vez o alinhamento e a união de forças em prol do desenvolvimento do município. O discurso foi feito durante cerimônia de posse do socialista, da vice Luska Portela (DEM) e dos 23 vereadores da próxima legislatura, que aconteceu no início da noite de ontem (1) no teatro do Sesc local.
Diante de um grande público, incluindo vários de seus familiares, Miguel fez questão de destacar que o clã está ainda mais unido do que antes do rompimento político, em meados dos anos 80. “Os Coelhos estão mais unidos como jamais estiveram antes”, declarou.
O prefeito agora empossado destacou que o reatamento político de sua família será fundamental para sua gestão, já que espera contar com a ajuda do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), do irmão, o ministro Fernando Filho (Minas e Energia), e do primo, o deputado federal Guilherme Coelho (PSDB) – além dos governos estadual e federal.
Deixando claro que seu trabalho contará não só com esse leque de forças, mas com o apoio dos petrolinenses, Miguel disse ainda que fará uma gestão “que não dependerá apenas dele”.
“Não prometemos nada, mas nos comprometemos em levar o melhor para a população”, ressaltou. O socialista voltou a garantir a gratuidade do Programa Nova Semente, além de assegurar obras reivindicadas na área irrigada, como o tratamento d’água, e o saneamento básico de bairros como Dom Avelar, São Jorge, São Gonçalo e Henrique Leite. Ele deixou claro que seu governo estará “de portas abertas”, e que a partir de agora não há mais espaço para cores partidárias. “Petrolina tem pressa. Não existe mais camisa azul, verde ou vermelha (…) temos o compromisso de resgatar o protagonismo político, econômico e social de Petrolina”, frisou.
Antes de Miguel, o presidente da Casa Plínio Amorim, Osório Siqueira (PSB), falou em nome dos demais vereadores empossados. Ele disse que o prefeito terá uma missão difícil de retomar o rumo do município, mas não lhe faltará o devido apoio – inclusive da Casa. Osório também agradeceu ao senador e ao ministro pelas ações que beneficiaram a área irrigada.
Transmissão de cargo
Após a cerimônia no Sesc, Miguel e Luska seguiram para a prefeitura, onde aconteceu a transmissão de cargo. Ao contrário do que alguns esperavam, o clima entre o socialista e o prefeito Julio Lossio (PMDB), que encerrava mandato, foi cordial. Em sua fala, Lossio disse que há momentos “de separar as coisas”, referindo-se à sua relação política conturbada com o grupo de FBC, e que aquela ocasião era para desejar sorte ao seu sucessor. O agora ex-prefeito se despediu citando uma frase em hebraico, “amém” (que assim seja).
Em seguida Lossio, a esposa Andrea e a filha do casal desceram a rampa da prefeitura acompanhados por Miguel, até o carro. Nesse momento, as manifestações a Lossio se dividiram. Houve vaias, e até uma música conhecida em campanhas na cidade – “arruma a mala aê” – foi colocada, ironizando o ex-prefeito. Mas Lossio e a esposa também receberam manifestações de carinho, já dentro do veículo, retardando sua saída da sede da prefeitura, na Avenida Guararapes.
Após o procedimento protocolar, Miguel foi à sacada da prefeitura e proferiu algumas palavras à multidão. “Chego aos meus 26 anos encorajado, motivado e, principalmente, determinado a fazer a melhor gestão que Petrolina já viu”, finalizou.
