O prefeito de Curaçá (BA) Pedro Oliveira (PSC), recebeu em seu gabinete os representantes do Projeto Ararinha na Natureza para firmar parceria, dando apoio à equipe que está no município realizando pesquisas voltadas para a Maracanã, espécie que tem hábitos bem parecidos com a da Ararinha-Azul e que será fonte de estudo com base nos resultados alcançados, que mostraram o tipo de alimentação, reprodução e a confecção dos ninhos. A intenção é entender como a Cyanopsitta Spixii (nome cientifico da Ararinha-Azul) vive e poderá ser reintroduzida na Caatinga.
Além das pesquisas, será realizada uma consulta pública e consequentemente, a criação da Unidade de Conservação que irá beneficiar não só as aves e outros animais, como também a comunidade e as famílias que vivem na região. Segundo a veterinária Camile Lugarini, membro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foram feitas só neste ano duas vistorias e estudos prévios na área a ser beneficiada. Iniciativas indispensáveis para pensar estratégias, analisar os riscos, conhecer e mapear o habitat natural dessas aves. “Depois disso, acontecerá à consulta pública que irá ouvir todos os interessados, as associações, representantes da comunidade, poder público, órgãos estaduais, mineradoras e o Inema”, contou.
A unidade de conservação irá ocupar cerca de 100 mil hectares, a previsão é que seja construída a parti do ano que vem. “O objetivo da unidade de conservação é o uso sustentável do meio ambiente, conciliando as práticas produtivas e econômicas de forma que venha respeitar a fauna, a flora e as famílias que moram naquela região”, destacou Camile.
Regeneração
Para ela o projeto prevê a regeneração de áreas degradadas como os riachos. Contudo, a participação da comunidade é fundamental, uma vez que essas áreas são bastante exploradas. “Por isso, o uso sustentável prevê isso: chamar a comunidade, as famílias para discutir as ações, ouvindo assim todos os interessados”, acrescentou. Para a construção da Unidade de Conservação, após a consulta será reunida e enviada ao Ministério do Meio Ambiente todas essas informações. De lá vai para a Casa Civil, onde o presidente da República assinará o decreto autorizando a criação da unidade. (foto: Camile Lugarini)
