Chuvas não alteram nível da barragem que atende Arcoverde e município permanecerá com atual regime de distribuição de água

por Carlos Britto // 01 de fevereiro de 2016 às 19:28

As chuvas  registradas no mês de janeiro   no  Sertão do Moxotó não foram suficientes para alterar a realidade de abastecimento d’água em Arcoverde. A barragem Riacho do Pau, que atende a cidade, não conseguiu acumular água suficiente para  permitir mudanças  no atual regime de distribuição.  Localizada no município de Pedra, a barragem continua ainda com nível muito baixo, estando hoje com apenas  1,11% do seu volume total, que é de 16,8 milhões de metros cúbicos (m³) de água.  Segundo o gerente da Unidade de Negócios do Moxotó, Augusto César,  apesar das chuvas, o manancial só  conseguiu recuperar 0,22 % da sua capacidade,  representando um volume  atual de  3. 700  mil metros cúbicos de água.

Para alterar o  atual regime de distribuição de água da cidade, a Compesa precisa que a barragem  Riacho do Pau  chegue  a pelo menos  5% da sua capacidade,  o que equivaleria a 840 mil m³ do seu volume total. “As chuvas  sempre são bem-vindas e nos deixam animados para o inverno, porém as precipitações até então  registradas não  ocorreram com a mesma  intensidade na região que alimenta a  barragem  Riacho do Pau”, afirmou o gestor da Compesa. Ele acrescentou que  a Companhia está  atuando em um rigoroso controle  operacional  do volume da água disponível para que a população continue recebendo o produto  pela rede de distribuição

Atualmente, a Compesa está conseguindo abastecer Arcoverde  com um calendário de  quatro dias com água e 22 dias sem – regime  implantado desde  julho de 2013.  Essa realidade é  consequência do quinto ano consecutivo de seca, a pior dos últimos 50 anos. Nos próximos dias, a Compesa deverá lançar edital para a licitação da obra da Adutora do Moxotó, um  investimento  estimado  em R$ 80 milhões,  que trará água do eixo Leste da Transposição do rio São Francisco para as cidades de Arcoverde e Pesqueira, no Agreste. Os recursos são do Ministério da Integração Nacional.

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