Celeuma acerca de possível construção de shopping popular em área da Diocese de Petrolina chega ao MPPE

por Carlos Britto // 25 de agosto de 2017 às 18:31

A celeuma causada pela possível construção de um shopping popular numa área da Diocese de Petrolina localizada no entorno do Palácio Episcopal, Centro da cidade, chegou ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) após ganhar as rodas de conversa na cidade e virar pauta na Câmara Municipal durante a semana. Nesta sexta-feira (25) por uma comissão de católicos participou de uma audiência com a promotora de Justiça Ana Rúbia Torres, que responde pelas Promotorias de Cidadania e Patrimônio.

A vereadora Cristina Costa foi convidada pela comissão, que levou documentos fundamentando que o Palácio Diocesano só deve ser usado como residência do bispo ou servir de seminário para a formação de novos padres. Pelo projeto, a igreja firmaria um contrato de aluguel do terreno com o grupo empresarial responsável pela obra. Isso incomodou os católicos, sobretudo a partir da carta do bispo emérito de Petrolina Dom Paulo Cardoso enviada à sociedade, ao MPPE, à Câmara de Vereadores e ao prefeito Miguel Coelho, contestando o empreendimento.

O Ministério Público vai instaurar um procedimento e avaliar se a negociação comercial do Palácio Diocesano é legal. Para Cristina Costa, que solicitou informações de todos os atores envolvidos no processo, é preciso abrir um diálogo para saber se a comercialização do entorno do prédio não fere o patrimônio cultural e histórico de Petrolina. “É preciso respeitar o Estatuto das Cidades, já que o empreendimento terá impacto de vizinhança, pode comprometer o trânsito e a vida das pessoas que circulam naquela área“, declarou Cristina.

Tombamento

A comissão formada por católicos também está recolhendo assinaturas em documento online para juntar ao processo do Ministério Público, ao mesmo tempo vai encaminhar processo à Nunciatura Apostólica no Brasil, pedindo a apuração dos trâmites da comercialização do Palácio Diocesano. Também pedirá ao Governo do Estado o tombamento do prédio. (Foto: Assessoria/vereadora Cristina Costa)

 

Celeuma acerca de possível construção de shopping popular em área da Diocese de Petrolina chega ao MPPE

  1. Um Verme Qualquer disse:

    Só analisando um pouco a questão, “a Comissão vai pedir ao Governo do Estado o Tombamento do Prédio”, ora se não é tombado, então a Diocese é Proprietária do Prédio e pode fazer as modificações e melhorias que lhe aprouver, a propósito, que benefícios traria para a Diocese o Tombamento do Prédio pelo Estado? qual? é simplesmente tombar e nada mais? o Tombamento é um processo demorado, haverá que ter uma comissão técnica multidisciplinar de Arquitetos, Historiadores, Engenheiro e etc., para uma avaliação do pleito e sem nenhuma paixão ou credo, não é simplesmente chegar e dizer, está tombado. Quanto a argumentação da Vereadora de que é preciso respeitar o Estatuto das Cidades e que o empreendimento pode trazer impactos no trânsito e a vidas pessoas que por alí transitam, me perdoem, mas isso é pura e simplesmente enchimento de linguiça prá não dizer outras coisas, pois o Projeto deve e tem de ser aprovado pelo corpo técnico da Prefeitura que é quem tem o conhecimento de causa, das normas e leis pertinentes, com efeito, Leis aprovadas pelo legislativo Municipal, logo é perfeitamente desnecessário outras elocubrações.

  2. Diocesano disse:

    O espaço não é tombado , pertence a diocese , tem aprovação do clero e do colégio de consultores da diocese , o espaço onde vai ser construída a obra não fere a originalidade do palácio , vão lá conhecer toda a estrutura do palácio e vejam que besteira está sendo discutida … pertence também a história de Petrolina mas não vai ferir em nada a nossa história , fé e amor pela Igreja e pela diocese.

    1. Maria disse:

      Vai só descaracterizar. Se de repente esses empresários vierem a fazer um puxadinho para dentro do palácio e aí? Não há condições de um shopping ali, não tem espaço para estacionamento, não tem estrutura.

  3. Robson Antonio Caraíba disse:

    Tombamento é a restrição do direito de propriedade, implica em dizer que o prédio não mais pertencerá a Diocese e sim será estatizado(art. 216, § 1º da Constituição Federal). Esse será o desfecho da “celeuma”? Sou católico e esse grupo aí não me representa. A Nunciatura Apostólica vai é punir Dom Paulo e seus seguidores por expor a Santa Igreja aos pagãos. Britto, o titulo desta matéria deveria ser “Santa Hipocrisia!”

    1. PAULO disse:

      Você cometeu um equívoco. Tombamento não estatiza o bem que é e continuará sendo da Diocese. O tombamento visa preservar o bem e seu entorno. E não tenho nenhuma dúvida em dizer em que em hipótese alguma a Nunciatura irá punir Dom Paulo.

  4. Pedro disse:

    Pode ter sido analisado pelo clero, pelo Colégio de consultores ou pelo escambal. O Palácio é a residência do bispo. Lojas ali tirarão a privacidade do próximo pastor. Nada de progresso que fira a nossa tradição. Inocente e infantil esse comentário de não descaracterização do prédio.

  5. Pedro disse:

    Dom Paulo é um bispo-profeta. Não se omitiu. A Nunciatura e os católicos de verdade estão com ele. Pelo nível da carta do padre Malan você percebe em que mãos a Diocese está. Só lamento.

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