CCJ do Senado analisa possibilidade de porte de arma a partir dos 18 anos

por Carlos Britto // 11 de novembro de 2017 às 16:36

Está crescendo no Congresso a disposição para aprovar mudanças que ponham fim ao Estatuto do Desarmamento. Chegou nesta sexta-feira à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado o parecer favorável à criação do Estatuto do Armamento, assinado pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC). O texto estabelece regras que possibilitam comercialização, posse e porte de armas de fogo e munição em todo o país para maiores de 18 anos.

Os interessados em adquiri-las teriam que comprovar apenas estarem aptos psicologicamente, ter bons antecedentes e demonstrarem capacidade técnica de manuseá-las.

O relator explicou que tomou a decisão depois de avaliar o resultado e enquete promovida pelo site do Senado, na qual foram dados mais de 90 mil votos a favor do novo estatuto e 11 mil contra. Para Petecão, apesar da polêmica, a discussão é necessária.

Se você me perguntasse, há cinco anos, minha posição, seria completamente diferente de hoje. Mas nós estamos reféns da violência no país. Eu tenho medo de a violência aumentar. Só que não podemos mais deixar da forma que está”, afirmou o relator.

Petecão, que não fez alteração no texto apresentado pelo autor Wilder Morais (PP-GO), destacou que a “impunidade” seria um fator decisivo para o avanço do projeto: “Hoje, o cidadão entra na sua casa tendo a certeza de que você não tem como se proteger. A briga é desigual. Os bandidos andam todos armados, e a população está desarmada”.

Wilder Morais ressalta dados das mortes com armas de fogo no país, contabilizados nos últimos anos, para justificar a proposta. Para o autor do projeto de lei, é preciso resgatar o “direito de escolha” do cidadão. O senador goiano aponta que, em referendo realizado em 2005, 63% da população votou contra a proibição do comércio de armas de fogo e munição no país.

Pacote do Armamento

Além do Estatuto, duas outras propostas que facilitam o acesso às armas de fogo, ambas igualmente de autoria de Wilder e relatadas por Petecão, já têm relatórios favoráveis e estão prontas para entrar na pauta de votações da CCJ do Senado. A primeira convoca um plebiscito, para 2018, no qual toda a população poderia votar a revogação do Estatuto do Desarmamento hoje em vigor; a segunda autoriza a posse de armas em residências na zona rural. Nesse caso, teriam direito à posse de armas as pessoas que moram em regiões afastadas dos centros urbanos e com mais de 21 anos — acaba, portanto, sendo um pouco mais restritiva que o Estatuto proposto pelo próprio senador.

Todas precisam, se aprovadas, ainda passar pela Câmara e também receber sanção presidencial. Os dois senadores estão trabalhando para que as propostas sejam apreciadas pelos integrantes do colegiado ainda este ano. (Fonte: O Globo/foto reprodução)

CCJ do Senado analisa possibilidade de porte de arma a partir dos 18 anos

  1. Edilberto disse:

    Eu fico imaginando se vivemos uma democracia, ou somos reféns de políticos ditadores e autoritários! Segundo a CF/88 o poder emana do povo para o povo, senadores e deputados não passam de meros representantes do povo, portanto devem legislar de acordo com a vontade do povo. Se amanhã o povo decidir, que deve usar uma arma, beber e dirigir, abolir milhares de leis de trânsito para penalizar o cidadão, etc…Político nenhum tem o direito de ser contra, a vontade do povo é soberana. E medidas que venham penalizar o cidadão , tem que ser apreciada pelo cidadão através de plebiscito. Só assim teríamos um democracia plena e, não um governo que o poder é imposto de cima pra baixo.

  2. José Francisco da Silva disse:

    só pessoas ligada a segurança ; deveria portar arma; as demais pessoas; a ser pego portando arma; seria punidos ; a arma induz ao crime; se queremos reduzir a criminalidade ; temos que limitar o suso de arma; cada a meno; menos morte;; acha que devera ouvi o povo e acatar a resposta

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