Caso Beatriz: No Recife, Lucinha Mota pede ao TJPE agilidade nas investigações

por Carlos Britto // 11 de janeiro de 2019 às 17:12

Lucinha Mota, mãe de Beatriz. (Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco)

Três anos e um mês depois, o caso Beatriz segue sem solução. A mãe da criança, a professora Lucinha Mota, foi ao Recife pedir agilidade na apuração e transparência nas informações sobre o crime. Beatriz Angélica Mota tinha sete anos e foi assassinada em 2015 com 42 facadas, durante uma festa no colégio em que estudava, em Petrolina. O crime segue sem solução até hoje.

Lucinha se encontrou com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Adalberto de Oliveira Melo. Ela explica que a família quer ter conhecimento de como andam as investigações. “Foi importante ouvir a opinião do presidente do tribunal. Eu precisava me sentir amparada com todos os erros no processo. Quero ter essas informações para impedir que novas falhas aconteçam”, afirma.

O primeiro mandato de prisão do caso foi expedido no mês passado. O técnico de informática Alisson Henrique de Carvalho Cunha, 40 anos, é suspeito de ter apagado as filmagens que ajudariam a elucidar o crime. Um mandado de prisão preventiva por falso testemunho e fraude processual foi expedido pela contra ele. Alisson aparece em imagens do circuito de segurança do colégio captadas no dia 4 de janeiro de 2016, menos de um mês após o assassinato de Beatriz, entrando na sala onde eram armazenados todas as filmagens das câmeras instaladas na escola.

Mesmo com a demora nas investigações, Lucinha garante que não vai desistir de buscar justiça. “Nada nesse mundo justifica tamanha crueldade. Mas precisamos saber o motivo até para evitar que outros crimes do tipo possam ser cometidos. Meus advogados atuam na parte técnica, mas a parte humana é minha responsabilidade. Eu não vou desistir, e enquanto eu tiver vida vou lutar com todas as minhas forças por Beatriz. Eu não vou parar. Prometi a minha filha”, declara.

Relembre o caso

A menina Beatriz foi assassinada com 42 facadas na escola em que estudava, durante a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano, em Petrolina, no Sertão pernambucano. A irmã da criança era uma das formandas. A última imagem que a polícia possui da menina foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, na quadra do colégio. A gravação mostra quando Beatriz se afasta da mãe e vai até um bebedouro instalado na parte inferior da quadra. O corpo da garota foi encontrado horas, depois atrás de um armário dentro de uma sala de armazenamento de material esportivo. (Fonte: OP9)

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