Caso Beatriz completa dois anos sem desfecho; pais da menina comentam sobre investigação paralela e revelam que terão acesso ao inquérito

por Carlos Britto // 10 de dezembro de 2017 às 10:53

Debaixo de chuva, um grupo de amigos e familiares de Beatriz Angélica Mota realizou uma manifestação na manhã deste domingo (10), saindo de Juazeiro (BA) em direção a Petrolina (PE), para lembrar os dois anos da morte da menina. Beatriz Angélica, de sete anos, foi assassinada com 42 facadas dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, centro de Petrolina, no dia 10 de dezembro de 2015. Até o momento ninguém foi preso e o caso é conduzido pela delegada Pollyanna Nery, que assumiu as investigações no final do último mês de novembro.

Em entrevista a este Blog, Lúcia Mota, mãe de Beatriz, explicou como se sente dois anos após o brutal crime que tirou a vida de sua filha. “O dia de hoje marca uma constante luta em busca de justiça. Almejamos que o dia da punição chegue. Esse movimento representa uma força de Deus, ele é legítimo, nós estamos lutando e exigindo das autoridades investimentos e elucidação do caso. Tudo que venha para acrescentar, a gente agarra com todo entusiasmo”, comentou, aos prantos.

O pai de Beatriz, Sandro Romilton Ferreira, disse que, além de clamar por justiça, a constante luta de sua família é um incentivo para outras pessoas que sofrem com problemas parecidos. “A gente tem que sair às ruas em busca de respostas. A data do dia 10 é sempre um momento doloroso. Dois anos, nada foi resolvido, a gente não pode ficar em casa. A gente tem que cobrar das autoridades, elas nos devem satisfação. As pessoas nos abraçando trazem carinho e nos fortalecem. Também estamos incentivando quem sofre com algo assim”, disse Sandro.

A gente se sente renovado. Ficamos impressionados com a doutora Pollyanna. Nas palavras dela, o Caso Beatriz representa o caso da vida dela. Pollyanna Nery tem uma equipe específica para o caso. Nossa esperança também se renova por conta do Ministério Público de Pernambuco, que agora tem uma nova força-tarefa, todos da área criminalística”, acrescentou o pai de Beatriz.

A este Blog, Sandro e Lúcia também comentaram sobre o trabalho de uma investigação paralela que vem sendo feito ao longo desse período. “É uma investigação particular, a gente também recebe orientação e temos reuniões sobre o que falar e quando falar”, resumiu o pai de Beatriz. “Estamos fazendo uma investigação paralela e vamos continuar. Nossa intensão é ajudar e colaborar na investigação. A doutora Pollyanna me assegurou que eu terei acesso ao inquérito. A gente tem muito a acrescentar na investigação”, completou Lúcia Mota.

Melhoramento de imagens

Sobre a reportagem que irá ao ar logo mais à noite do ‘Fantástico’, da TV Globo, Sandro e Lúcia se dizem ainda mais esperançosos, visto que a imagem do suspeito do crime – que foi melhorada pela Globo Filmes – será divulgada em rede nacional. A matéria deve ter um tempo de duração de seis minutos e o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, o delegado Joselito Kherle do Amaral, teria feito novas revelações ao jornalista Francisco José. “A reportagem deve conter outras informações que não foram repassadas pra gente, mas que o chefe de polícia revelou. Muita coisa deve ser esclarecida ainda hoje. Muita coisa acontecerá hoje à noite”, acredita Sandro Romilton. “Eu espero que as pessoas consigam identificar com mais facilidade esse assassino. Essa repercussão nacional será de fundamental importância”, finaliza Lúcia Mota.

Caso Beatriz completa dois anos sem desfecho; pais da menina comentam sobre investigação paralela e revelam que terão acesso ao inquérito

  1. Pedro II disse:

    42 facadas? não eram 38?
    Esperançosos por uma imagem? Por favor, não sejam imbecis!
    Uma pessoa só jamais cometeria o crime daquela maneira.
    Foi um grupo de pessoas.
    E pessoas graúdas da nossa “sociedade”.
    O caso jamais será elucidado.

  2. Cidadão disse:

    O ser humano é cruel, fazer uma coisa daquela com uma criança, com um ser inocente e frágil.

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