Cancão diz que brigar pela presidência da Casa Plínio Amorim “não é vaidade” e admite compor com futuros governistas: “Se não for só mão única”

por Carlos Britto // 13 de dezembro de 2016 às 17:05

ronaldo cancão

Minha candidatura não é vaidade. Eu não tenho necessidade por presidência de Câmara”. A afirmação é do vereador oposicionista Ronaldo Cancão (PTB). Um dos nomes considerados fortes para a disputa pela presidência da Casa Plínio Amorim, Cancão voltou a declarar, na manhã de hoje (13), que está entrando no jogo sucessório da Mesa Diretora justamente por conhecer os detalhes administrativos e financeiros da Casa, os quais “não correspondem à realidade”, segundo ele.

Mesmo mantendo um tratamento de respeito ao atual presidente do Legislativo, Osório Siqueira (PSB), Cancão justificou ser inadmissível a Câmara de Petrolina ter uma receita mensal em torno de R$ 1,12 milhão e uma folha de R$ 960 mil. “Precisamos dar uma resposta à sociedade, que tem de ser com trabalho e com respeito ao dinheiro público”, ponderou.

Cancão ratificou também a necessidade de “rodízio” no Poder Legislativo, que não pode ser igualado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde o deputado estadual Guilherme Uchôa foi reeleito ontem (12) para seu sexto mandato de presidente. “Não podemos aceitar isso”, desabafou.

O oposicionista ressaltou não ter dificuldades em compor chapa com Osório e com outros colegas que farão parte da base governista e que também estão na disputa, a exemplo de Maria Elena (PSB) e Ronaldo Silva (PSDB). “Desde que não seja uma chapa só de ‘mão única’”, condicionou. Cancão deixou claro que, apesar do respeito e admiração que sempre teve pelo seu ex-aliado, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), a linha política que seguirá na Casa é outra. “Quem mais respeitou Fernando Bezerra Coelho fui eu. Ele foi uma lição de vida, uma ‘escola’ para mim. Mas saí dentro do respeito, da ética, da moralidade. Fui eleito pela oposição, no grupo do deputado Adalberto Cavalcanti (PTB). Preciso manter minha dignidade, minha coerência. E o povo, como é que fica?”, completou.

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