A comunidade do Rio Corrente, zona oeste de Petrolina, não esconde a apreensão por conta de um canal de esgoto no bairro. E a rotina de quem vive perto do problema não é nada agradável. “Convivemos diariamente com baratas e ratos que saem do canal pra dentro de nossas residências, acarretando doença às nossas crianças”, relata Ramon Alencar, que mora na Rua 50 do bairro.

Ainda ontem (25) Ramon esteve cobrando das autoridades responsáveis providências quanto à solução dos transtornos provocados pelo canal, que foi criado com o intuito de acabar com os sucessivos alagamentos nos períodos de chuva no Bairro Alto da Boa Vista. Os comunitários põem parte da culpa na Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

“A Compesa pegou o percurso para despejar dejetos de esgoto, que seguem sem nenhum tratamento até o Rio São Francisco”, diz outro comunitário do Rio Corrente, Robson Patrício, que reside na Rua 24.  Ele ainda acrescentou que o canal é um problema social e de calamidade pública, pois o muro da Igreja Batista já esta dentro do canal, e cada vez mais próximo das casas da Rua 11.

Ainda segundo informações dos moradores, hoje o canal já tem dimensões alarmantes, com cerca de 20 metros de largura e pelo menos cinco de profundidade. Além da Compesa, os moradores também questionam a Prefeitura de Petrolina em relação à limpeza do local, porque alegam que quanto mais as máquinas realizam o trabalho, mais o buraco é reaberto, o que coloca em risco as casas do Rio Corrente. É bronca.