A Folha de São Paulo publicou nesta quinta (12) uma matéria que mexe diretamente com os pensionistas e servidores municipais da Prefeitura de Petrolina.

Na matéria, o doleiro Alberto Youssef, em delação da operação Lava Jato, diz que tentou, mas não conseguiu falar com o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB/AL) para facilitar um negócio com os fundos de pensão dos Correios e de outra empresa. (Leia a reportagem: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/02/1589292-doleiro-contradiz-contadora-e-diz-que-nao-conseguiu-se-reunir-com-renan.shtml)

Mas no final da matéria da Folha, o doleiro faz uma revelação surpreendente: Youssef diz que pagou em mãos “R$ 100 mil em dinheiro a um corretor para facilitar uma negociação com o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Petrolina”.

Este Blog já publicou que o Instituto de Gestão Previdência de Petrolina (Igeprev) fez negócio com empresas do doleiro, como fizeram outros 6 Institutos de previdência própria do país, que investiram no Fundo Viaja Brasil, pertencente ao doleiro Youssef, quando herdaram um débito de mais de R$ 200 milhões.

Com a nova matéria da Folha, na qual é afirmado que o próprio doleiro pagou comissão para negociar com o Igeprev, resta saber quem foi o corretor que levou os R$ 100 mil para intermediar o negócio.

Enquanto isso ninguém sabe como fica a situação das aposentadorias e pensões dos servidores da Prefeitura de Petrolina, com mais esse rombo no Igeprev.

Mas afinal, cadê os 100 mil da comissão dos pensionistas do Igeprev de Petrolina? Quem é o corretor? Quem é o responsável pelo desvio? Quem levou mais esse dinheiro? O montante aplicado no fundo voltou ou houve mais este prejuízo de R$ 1 milhão, que foi o valor anunciado como aplicado na empresa do doleiro? Qual o posicionamento dos órgãos de fiscalização? O que dizem o sindicato dos servidores municipais, Câmara de Vereadores, Tribunal de Contas e Ministério Público?

Na matéria da Folha, Youssef afirma ainda que “tem conhecimento que os fundos de previdência do Brasil, como um todo, têm um mando político, e que se não fizer a tratativa política, as coisas não fluem da maneira como têm que fluir, talvez não se concretizem“, afirmou em depoimento à Polícia Federal.

E no Fundo de Previdência de Petrolina (Igeprev)? Quem tem o mando político? Quem interferiu e autorizou a negociata denunciada por Youseff?

Em razão destas denúncias, terá a Câmara de Vereadores a iniciativa de apurar os desvios de recursos e aplicações do Igeprev? CPI será criada? O que farão os vereadores, que são pagos pelo povo, justamente para fiscalizar o poder executivo?

Esperamos as respostas.