Brasil registrou em 2015 mais de cinco estupros por hora, mostra Anuário

por Carlos Britto // 03 de novembro de 2016 às 15:47

Foto: arquivo/reprodução

Mais de cinco mulheres são estupradas por hora no Brasil, mostra o 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado hoje (3). O país registrou, em 2015, 45.460 casos de estupro, sendo 24% deles nas capitais e no Distrito Federal.

Apesar de o número representar uma retração de 4.978 casos em relação ao ano anterior, com queda de 9,9%, o FBSP mostrou que não é possível afirmar que realmente houve redução do número de estupros no Brasil, já que a subnotificação desse tipo de crime é extremamente alta.

O levantamento estima que devem ter ocorrido entre 129,9 mil e 454,6 mil estupros no Brasil em 2015. O número mínimo se baseia em estudos internacionais, como o National Crime Victimization Survey (NCVS), que apontam que apenas 35% das vítimas de estupro costumam prestar queixas.

O número máximo, de mais de 454 mil estupros, se apoia no estudo Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da Saúde, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta que, no país, apenas 10% dos casos de estupro chegam ao conhecimento da polícia. Considerando somente os boletins de ocorrência registrados, em 2015 ocorreu um estupro a cada 11 minutos e 33 segundos no Brasil, ou seja 5 pessoas por hora. O estado com o maior número de casos foi São Paulo, que responde por 20,4% dos estupros no país, com 9.265 casos. O número, no entanto, representa uma redução de 761 casos (7,6%) em relação ao ano anterior, quando foram registrados 10.026 casos. Roraima foi o estado com o menor número de estupros registrados – 180, o que representa 98 casos a menos do que no ano anterior – queda de 35,3%. (fonte: Agência Brasil)

Brasil registrou em 2015 mais de cinco estupros por hora, mostra Anuário

  1. Cego às avessas disse:

    Uma nação onde 1/3 da população acredita que a culpa do estupro é da mulher que usa roupas curtas e provocativas, mostrando partes do corpo, não deveria se esperar boa coisa. As sucessivas falhas do estado em proteger as pessoas também é fator importante, onde o mínimo que deveria se ter é liberdade para usar um instrumento de auto defesa. Mas em um país com um nível cultural tão baixo como este, onde ninguém respeita a liberdade do outro, as pessoas terão o mínimo de discernimento para se manusear armas, como ocorre nos países de primeiro mundo?

  2. Filósofo disse:

    Será que tem alguém que acredita nessas pesquisas do IPEA? Só se for algum socialista/comunista!

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