Auditório do Sest/Senat em Petrolina fica lotado para evento promovido pelo Senado sobre crise hídrica que ameaça fruticultura no Vale

por Carlos Britto // 10 de abril de 2015 às 19:06

ciclo palestras crise hídricaUm público formado por autoridades políticas da Bahia e Pernambuco, empresários, produtores rurais e técnicos agrícolas compareceu na tarde desta sexta-feira (10) ao auditório do Sest/Senat para um ciclo de palestras e debates sobre a grave crise hídrica que atinge a fruticultura irrigada do Vale do São Francisco.

O evento, promovido pelo Senado, teve como coordenadores a presidente da  Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), Ana Amélia, e Fernando Bezerra Coelho, que preside a Comissão Mista de Mudanças Climáticas.

Da pauta do encontro será encaminhada ao governo federal uma série de sugestões para enfrentar aquela considerada a pior crise hídrica do Rio São Francisco nos últimos cem anos. Com pouco mais de 19% de sua capacidade, o Lago de Sobradinho, no norte baiano, pode comprometer o funcionamentos dos perímetros irrigados no segundo semestre, se esse cenário de seca não se reverter.

Uma das cobranças dos produtores, durante o debate, foi a construção de flutuantes com motobombas no rio para evitar a paralisação das atividades na fruticultura irrigada no perímetro Senador Nilo Coelho – o maior da região.

O senador justificou que o evento de hoje, inclusive com a presença do diretor-presidente da Agência Nacional das Águas, Vicente Andreu Guilo, representa “uma pressão política máxima” no intuito de proteger todos os perímetros irrigados do Vale. “Acredito que encontraremos respaldo não só da presidente Dilma Rousseff como também de diferentes órgãos do governo federal”, afirmou.

Revitalização

FBC voltou a defender, como uma das medidas emergenciais, a redução, de 1 mil para 900 metros cúbicos por segundo, da vazão de água despachada da usina de Sobradinho para a de Paulo Afonso. O objetivo é que a captação regular de água para os projetos – principalmente, Nilo Coelho e Maria Teresa –  não seja  paralisada a partir de outubro. Além disso, o senador também defendeu ações conjuntas entre Congresso e governo federal para fortalecer a revitalização do rio.

Entre estas a construção de mais barragens, a preservação e recuperação da mata ciliar do rio e o desenvolvimento de projetos que também contribuam para o aumento do volume de água do Velho Chico, como a transposição do Rio Tocantins para o São Francisco. (foto: Alexandre Justino)

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