Atividade em Sobradinho estimula debate sobre Reforma da Previdência entre agricultores

por Carlos Britto // 23 de fevereiro de 2017 às 15:34

Beneficiamento de frutas, importância da associação, produção e armazenamento de alimento para animais (forragem, silo). Essas foram algumas das temáticas discutidas na atividade coletiva com agricultores do município de Sobradinho, no norte da Bahia, assessoradas pelo projeto de Assessoria Técnica e Extensão Rural Sustentabilidade (Ater). Com o tema “Organização da Produção”, a atividade aconteceu na última terça-feira (21), no Centro Comunitário Antônio Conselheiro, centro da cidade.

O tema central do encontro foi uma demanda apontada pelos agricultores durante a visita de campo, realizada pela colaboradora do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), Nadja Oliveira Costa. Uma das vertentes abordadas no debate da organização da produção foi com foco na organização para a comercialização e sua contribuição na permanência dos agricultores no campo.

Durante a discussão, também foi exposta a ameaça contra a aposentadoria especial, destinada ao homem e a mulher do campo. A reforma da previdência, proposta pelo atual governo através da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, prevê diversas mudanças que colocam em risco a seguridade social da população. Uma das alterações é em relação à idade mínima para ter direito à aposentadoria. Hoje a idade necessária é de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, da área urbana; já para os trabalhadores do campo é de 55 anos para as mulheres e 60 para os homens. Com a reforma da previdência a idade para os trabalhadores rurais será elevada para 65 anos, para ambos os sexos. Além disso, agricultores serão obrigados a contribuir com a previdência de forma individual e periódica pelo prazo mínimo de 25 anos.

Associativismo

A importância do associativismo também esteve presente no encontro, enfatizando a necessidade dos associados se envolverem no dia-a-dia da associação comunitária, pensando e decidindo de forma coletiva os benefícios e as soluções de problemas e dessa forma fortalecendo a comunidade. A equipe do IRPAA presente na atividade expôs que “é essa união e organização das comunidades uma forte ferramenta na luta contra as ameaças e as negações de direitos da população, principalmente da zona rural, que é resultado de muita pressão social”. (foto/divulgação)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários