Artigo do leitor: “Aonde vamos parar?”

por Carlos Britto // 01 de junho de 2015 às 12:28

ROBSON PATRICIONeste artigo enviado ao Blog, o leitor Robson Patrício lamenta o fato de as redes sociais – a exemplo do Facebook e WhatsApp – serem utilizadas, atualmente, para propagar a banalização da violência.

Confiram:

Queria aqui compartilhar com vocês a minha tristeza, sabe aquele sentimento de que tudo caminha pra um abismo e você pouco pode fazer pra ajudar.

Algo me chama a atenção e nossos governos, nossos psiquiatras e psicólogos ainda não tomam partido. Por isso, vejo que a cada dia tem se tornado algo normal assistir a cenas pelas redes sociais (WhatsApp, Facebook etc)  de atrocidades como chacinas, queimando, torturando, esquartejando pessoas como se isso fosse algo normal; aplausos é o que não faltam quando se propaga algum vídeo que retrate vingança.

Acho que estamos indo num caminho que em pouco tempo iremos tratar os nossos como assim tratamos os animais, “ignorando”. A morte já nem mais intimida, o mal é visto como normal; aí sim, teremos o fim de uma sociedade civilizada.

Assim como os programas sensacionalistas, que só têm audiência porque o ser humano sente atração pelos problemas dos outros, tão logo também estaremos viciados nessa bebida chamada violência, numa busca desenfreada de “quero mais”.

Há certo tempo venho chamando a atenção das pessoas quanto a compartilhamento nas redes sociais de cenas desnecessárias de violência, quando na verdade temos tantos bons exemplos que poderiam estar sendo compartilhados no intuito de influenciar as pessoas a praticarem o bem, ao invés de incentivar o mal.

Talvez alguns possam ler esse texto e interpretar como um desabafo, quando na verdade é apenas uma tristeza, de saber que não estamos tão longe de um precipício, chamado de inversão de valores numa sociedade, onde ser honesto é vergonhoso, onde ser um bom filho é desnecessário, onde o cuidado com os semelhantes é banal.

O tempo passa e o que não faltam são histórias de um tempo bom já bem distante e que não volta mais. Ficamos apenas com uma certeza: de que nossa sociedade possa, diante da aflição de uma destruição de conceitos, tornar a reconstruir o que de melhor temos em nossos corações, o amor. Esse por muito dorme em nossa alma, mas apenas à espera do nosso despertar. Abraços. E que Deus nos proteja.

Robson Patrício/Tecnólogo em Recursos

Artigo do leitor: “Aonde vamos parar?”

  1. SAVANNA disse:

    Querem um exemplo de exagero??
    Robson
    Os programas existem e não são maléficos! mas alguns que usam, sim
    Até mesmo dentro de uma igreja, em nossas casas, nas ruas tudo pode acontecer!!. Mas se acontecer!!!

  2. Maria disse:

    O pior Sr. Robson é a própria mídia fazer apologia à violência com programas dos pseudos jornalistas como Datena, Marcelo Resende, Sheherazade e outros do mesmo tipo. E tem gente que aplaude esses elementos. Muito bom o seu artigo.

  3. Cazuza do Doido disse:

    QUEM É ESSE NO JOGO DO BICHO?

  4. ROBSON PATRICIO disse:

    Cazuza do Doido, não sou ninguém do Jogo do Bicho, um cidadão como você, apenas expondo o que penso,

  5. ROBSON PATRICIO disse:

    Savanna e Maria, acho que nosso primeiro ato é não se expôr a esta violência; é como a filosofia dos alcoólicos anônimos, temos de evitar um primeiro gole desta bebida chamada violência..

  6. Milla disse:

    Prezado Robson,
    Aplaudi de pé à sua iniciativa!
    Já que não podemos resolver os problemas da humanidade, que pelo menos possamos trazer essa reflexão a todos, como vc brilhantemente fez!
    É uma pena… mas infelizmente é a nossa cruel realidade… Entendo que se cada um que leu essa sua mensagem aqui parasse um pouco para refletir e tentasse mudar seu modo de olhar para o outro, o problema certamente seria minimizado. Mas em um mundo de pessoas tão rasas, fica até difícil fazer um apelo importante como esse.
    Que Deus nos ajude a conduzir nossos filhos pelo caminho do bem.

  7. Robson Patricio disse:

    Mila, eu que lhe aplauso de pé por suaa colocações, que bom saber que não estamos sozinhos nesse barco. Valeu

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