Artigo do leitor: “A fantástica internet não justifica a aversão pela leitura”

por Carlos Britto // 23 de abril de 2018 às 21:15

Sebo Rebuliço/foto divulgação

A internet, por mais que tenha revolucionado os tempos atuais, não pode exterminar o simples e velho hábito de ler um bom livro. Essa é a opinião do repórter e comunidador social Marcelo Damasceno, em mais este artigo enviado ao Blog.

Boa Leitura:

Meu texto defende a leitura. O gosto pela literatura de modo tátil e artesanal. A vida inteligente que pede mais livrarias e menos farmácias. O reconhecimento e utilidade à Internet e sua velocidade, seu impacto tecnológico e científico na vida humana são fantásticos. E sua incorporação ao hábito humano, sua adequação aos mínimos interesses, são incontestáveis. Na defesa pela leitura e hábitos saudáveis de se buscar uma banca de revistas e jornais ou gosto pela livraria, a sugestão é apenas um passo de amor à cultura.

As academias de letras, em qualquer lugar do mundo, defendem a livraria. O livro sob o parque gráfico, a edição absolutamente manual e da inteligência impressa como um documento, como uma árvore a garantir sombra, como um tutor cerebral a garantir autonomia cidadã a qualquer humano. Isso não tem preço.

A internet é a larga e consagradora extensão, a conquista ousada e genial, mas, sujeita ainda à energia elétrica, vulnerável às invasões de hackers, à ação criminosa do plágio e dependente de carregadores de bateria, da determinante capitalista das operadoras telefônicas e subalterna às ferramentas eletrônicas.

O livro tem seu apelo romântico e sua licenciosidade poética, a magia insubstituível de uma estante, o robusto sonho que sorri às crianças e adolescentes de uma senhora biblioteca e seu acervo bibliográfico, seu sabor doméstico na formatação da sabedoria, em nosso caso, comungando Luís de Camões, Fernando Pessoa, Machado de Assis e toda uma geração barroca, romântica e modernista de escritores e poetas que foram encontrados no preço, na celulose, nas escrivaninhas sem bateria e sem senha, sem sites insistentes ou aplicativos mal-intencionados. A internet é magnífica e tem seu lugar científico, mas não garante sensibilidade e coração como um livro que dispensa cuidados com o bolso e uma reserva capital aos sites do mundo irreal.

Marcelo Damasceno/Repórter de Petrolina

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários