Após atentados de ontem, França vive pior dia de sua história desde a 2ª Guerra Mundial

por Carlos Britto // 14 de novembro de 2015 às 12:10

atentados frança

Poucas horas após o mais violento ataque da história francesa desde a Segunda Guerra Mundial, imagens da madrugada deste sábado mostravam uma Paris quase deserta – algo bastante sintomático para aquela que é uma das mais boêmias metrópoles do mundo.

Relatos dão conta de que as poucas pessoas que tentaram sair às ruas foram orientadas pelos mais de 1.500 soldados que tomaram a cidade a se recolherem – mesmo pedido da prefeitura parisiense e da polícia desde o início dos ataques que deixaram mais de 120 mortos e um rastro de feridos na noite desta sexta-feira.

A França amanhece em estado nacional de emergência pela primeira vez desde 2005 – o decreto permite às autoridades a fechar espaços públicos, impor toque de recolher e restrições à circulação de veículos e pessoas.

Embora suas fronteiras tenham sido fechadas, serviços de trem, como o prestado pela Eurostar entre Paris e Londres, devem ser mantidos. Pelo Twitter, a empresa confirmou que as viagens continuarão, mas ofereceu aos passageiros a possibilidade de remarcar seus tickets.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os aeroportos ficarão abertos e operando. Já escolas e universidades da região de Paris amanheceriam fechadas, diziam as agências de notícias.

Em meio a informações ainda desencontradas sobre o número de vítimas e de autores dos ataques mortos, um promotor afirmou a jornalistas que cúmplices dos atentados ainda poderiam estar à solta. Até a publicação deste texto, nenhum grupo havia reivindicado os ataques. Relatos apontavam que oito dos autores haviam morrido, sete deles após acionarem cintos suicidas.

“Ato bárbaro”

O clima de insegurança chegou aos Estados Unidos, onde algumas grandes cidades, como Nova York, afirmaram que reforçariam sua vigilância nos próximos dias. A Bélgica anunciou um aumento no controle de suas fronteiras, especialmente a que a liga com a França.

Ao falar com a imprensa do lado de fora da casa de shows Bataclan, cenário de maior parte das mortes, o presidente francês, François Hollande, classificou os atentados como “uma abominação e um ato bárbaro” e disse que o país travará uma luta “sem misericórdia” contra os “terroristas”. Ele cancelou sua viagem à Turquia, onde participaria do encontro do G20.

Líderes mundiais, como presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, prestaram solidariedade e ofereceram ajuda à França. (fonte/foto: BBC Brasil)

Após atentados de ontem, França vive pior dia de sua história desde a 2ª Guerra Mundial

  1. Filósofo disse:

    Ato bárbaro foi a invasão do Iraque que causou a morte de mais de um milhão de iraquianos. Ato bárbaro foi a intervenção americana no Afeganistão que causou a morte de mais 100.000 afegãos. Ato bárbaro foi o patrocínio do EUA, Reino Unido e França à oposição na Síria que já matou mais de 250.000 sírios. Ato bárbaro foi as bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki que matou 300.000 japoneses. Ato bárbaro foi o ataque incendiário do Reino Unido e dos EUA às cidades de Hamburgo e Dresden que mataram mais de 100.000 alemães.

    1. Alécio Coelho disse:

      E como você considera os atos destes extremistas que matam em nome de Alá? Festa de Natal? Fala sério!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários